terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Meu encontro com os Clássicos - parte I

Já dizia o filósofo Franz Brentano, estudioso de Aristóteles, que somente quem chega ao conhecimento do fundamento essencial de uma coisa pode dar uma explicação conclusiva dela!
Eu ainda não cheguei à explicação conclusiva de coisa alguma, portanto, só posso falar sobre o que aprendi até aqui!


No meu entender o que é mais importante na leitura de um clássico, seja literatura ou filosofia, psicologia ou história, etc., é a capacidade de o leitor nele reconhecer a si mesmo, ou seja, de poder relacionar o que está lendo com algum acontecimento anterior de sua vida, ou de reconhecer algum valor em que acredita, ou até inteligir uma verdade da qual não tinha conhecimento.

Em todo bom livro selecionamos trechos que parecem falar por nós.

No primeiro Canto do Inferno, da Divina Comédia de Dante, quando este se encontra perdido na floresta, e logo depois tem seu caminho tolhido pelo encontro com três feras, Pantera, Leão e a Loba que representam respectivamente a Luxúria, a Soberba e a Avareza, o primeiro passo que procuro dar é o de entender que Dante, envolvido nos problemas políticos e religiosos de seu tempo e sendo um homem consciente da natureza humana, tem um encontro consigo mesmo. É como se, no primeiro canto, ele padecesse dentro de si ao reconhecer que aqueles vícios e paixões humanas fazem parte não só dos condenados que estão naquele lugar, mas dele mesmo. Ele, Dante Alighieri, é um ser humano que tem tantas chances quanto qualquer desventurado ali de se perder nos vícios e paixões humanas, e ser arrojado ao inferno.
Portanto, meu primeiro esforço de entendimento disso é de tatear em meu interior a fim de encontrar alguma experiência parecida, ou buscar reconhecer estas forças anulantes dentro de mim, para então poder seguir o caminho com ele.

FIM DA PRIMEIRA PARTE

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Meu objetivo intelectual

Desde que comecei minha vida intelectual, em 1999, sempre a minha intenção no estudo da filosofia e ciências humanas foi a de fazer um máximo de reconhcimento do que leio em minha experiência na vida. Sempre busquei trazer o conteúdo de minas leituras para meu coração. Sempre procurei me tornar íntimo das intenções dos autores e dos sábios a fim de verificar se de fato tudo o que leio e toda a informação que adquiro aponta para algo existente dentro de mim, da minha história e da minha memória.
Quando comecei a estudar com esforço sério nunca deixei de estar consciente de que os estudos servem para esclarecer a mim, o mundo e minha relação com o mundo.
Tive a sorte, ou fui abençoado com a oportunidade de conhecer mestres tais como: Olavo do Carvalho, Mario Ferreira dos Santos, Heitor de Paola, Luciane Amato, minha querida tia Simone, etc...
Graças a esta gente eu pude realizar uma vida intelectual que cada vez mais me torna presente ao mundo, e consciente de Deus!

Aborto (irresponsabilidade)

A seguir disponibilizo uma carta que escrevi a um jornal acadêmico da PUCPR.

Bom dia!Sou um leitor do Jornal Comunicare a algum tempo. Já escrevi aos responsáveis por este pequeno órgão de comunicação, aqui na PUCPR, fazendo críticas, sugestões e, na última vez, elogiando um artigo.Gostaria de fazer alguns comentários e sugestões a respeito do artigo: Aborto fácil no centro de Curitiba, da edição de outubro, ano 12, nº 156, 2º ano de jornalismo PUCPR.A questão é a seguinte, eu li o artigo várias vezes e percebi o que já venho percebendo em discussões de organizações pró-abortistas, tais como: CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria Brasília, CDD – Católicas pelo Direito de Decidir, etc., mas o que me impressionou mais, neste artigo de responsabilidade de Francieli Santos, Iara Maggioni, Tabata Viapiana, foi a omissão ou indiferença ao direito à vida de quem sofre o aborto, que é a criança concebida, que é arrancada do útero das senhoritas que se decidem pelo aborto. Gostaria de chamar a atenção para o problema surgido com a Lei de Biossegurança(Lei 11.105 de 24 de março de 2005), sancionada pelo presidente Lula e que mantém intacto o art. 5º, que permite a destruição de embriões humanos. No dia 30 de maio de 2005, o então Procurador Geral da República Dr. Cláudio Fontelles ajuizou a Ação Direta de inconstitucionalidade nº 3510, contra o art.5º da Lei de Biossegurança, Lei nº11.105/05, que permite a destruição de embriões humanos para fins de pesquisa. Gostaria também de chamar a atenção para o famoso pacto internacional, agregado em 1992 à constituição brasileira, e infelizmente pouco observado, que é o Pacto de São José da Costa Rica, que considera pessoa, com personalidade jurídica, todo nascituro a partir da fecundação. Talvez vocês conheçam um site especializado em questão médicas e, portanto, de saúde, de título: Associação Nacional pró-vida e pró-família, que dispõe vários textos especializados sobre o tema aborto, educação sexual, AIDs, etc., do qual cito um trecho de um texto que é uma declaração da Academia Nacional de Medicina de Buenos Aires:"...terminar deliberadamente com uma vida humana é inaceitável. Representa um ato contra a vida, pois a única missão de qualquer médico é proteger e promover a vida humana, nunca destruí-la. Esta convicção está guardada na cultura mundial e mui notavelmente no Juramento Hipocrático. Sendo o direito à vida o primeiro dos direitos personalíssimos, toda legislação que autorize o aborto é uma negação destes direitos e, portanto, da própria medicina".Há muitos argumentos em favor do aborto noticiados pela mídia nacional como um todo, mas pouco é noticiado, nesta mídia sensacionalista, sobre a defesa da vida contra o aborto. Isto já virou um senso tão comum, que é possível falar sobre métodos abortivos com muita naturalidade, como se se trata-se de um assunto banal. Talvez esta situação seja a famosa banalização do mal, descrita por Hanna Arendt.Muito me assustou a índole do comentário da tal estudante, com pseudônimo de Julia Cardoso: "Eu tomei o remédio(CYTOTEC) porque eu não queria ter um filho. Desde então, ajudo quem eu puder, dando informações corretas sobre o uso do remédio, aonde comprar, os cuidados necessários, os riscos do uso incorreto, dos golpes, etc." Por mais que a intenção desta pessoa seja evitar a gravidez, o problema é que é só o assunto pró-aborto que recebe atenção. De fato, muitos dos casais jovens, hoje, estão preocupados apenas com um bem estar próprio. Não há mais estima pelo que é um bem em si, que seria um filho, estão coisificando o ser humano, tornando-o algo descartável. Um casal que transa e a companheira vem a ficar grávida tem, evidentemente, a responsabilidade e o compromisso com esta criança que foi concebida. Eu tenho uma filha de 14 anos, eu tinha 17 anos quando a tive. Minha companheira tinha 21. Eu era desempregado e ela trabalhava como caixa de supermercado e jamais passou pela nossa cabeça fazer aborto. Os jovens de hoje parecem estimar bastante os prazeres sexuais, uma vida bastante livre de compromissos adultos, livre de ter alguém para amar e criar. Não confio na índole dos jovens da minha geração. As pessoas que conheço e que fizeram aborto são pessoas de má índole, que estão sempre a procura de vantagem pessoal, seja abortando, seja roubando, seja mentindo o tempo todo.Tal como a Eutanásia, idéias abortistas foram defendidas na Alemanha nazista, pelo Partido Nacional dos Trabalhadores Alemães, fundado por Adolf Hitler. Segundo um grande filósofo do século XX, este mesmo século foi o século de maior proliferação de doenças espirituais. Acredito. Gostaria de sugerir a leitura de um artigo muito bom, escrito por uma biomédica, pesquisadora em biologia molecular pela Universidade Federal de São Paulo(Unifesp), de título: "Aborto: liberdade feminina para escolher a própria morte", disponível no site já citado: http://www.providaanapolis.org.br , no qual vocês poderão encontrar muito material importante sobre aborto, e que não pode ser ignorado, principalmente por quem pretende escrever sobre o assunto num jornal. No mesmo artigo acima citado há pesquisas e estatísticas que demonstram uma tendência a maus tratos infantis decorrentes do aborto, seja nas mulheres que o fazem, seja como idéia defendida socialmente. É lógico tudo isso.Outra doutora, no mesmo site, Dr. Alice Teixeira, que escreveu: " A origem da vida do ser humano e o aborto" comenta sobre um estudo realizado em 2004 pela Universidade de São Paulo em mulheres estupradas e que conceberam uma criança: "Quanto às vítimas de estupro, que já sofreram um ato de grande violência, não tem cabimento se propor outro ato de igual violência, como o aborto".Lembremos os casos de anencefalia, tais como o pouco e tristemente noticiado pela TV brasileira, que é o caso de Marcela de Jesus Ferreira, nascida e batizada na Santa Casa de Patrocínio Paulista(sp), no dia 20 de novembro de 2006, e que sobreviveu 1 ano, 8 meses e 12 dias de nascida, muito ricamente documentado pelo Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, no mesmo site acima citado. Há um documento do Comite Nacional de Bioética que prova que os fetos anencefálicos respondem a estímulos de dor na vida uterina. E a menina Marcela respondia a todas as sensações normais de uma criança normal. E sua morte foi por outras causas, não por complicações decorrentes da anencefalia. Ou seja, talvez vocês pudessem observar estas informações e verificar qual a intenção do artigo do Jornal Comunicare de título: Aborto fácil no centro de Curitiba. É apenas uma denúncia, que não pretende entrar no mérito da discussão séria sobre o aborto no Brasil? ou é um artigo para defender o aborto seguro? De qualquer maneira aborto é assassinato!Não gostei também da pequena tira sobre aborto, que cita o tão furado art. 128 do Código Penal, e a mal intencionada organização não-governamental Católicas pelo Direito de Decidir(CDD), pois esta organização, fundada nos Estados Unidos, a famosa "Catholics for a Free Choice" (CFFC), pela sua mestra Sr. Kissling, possui no seu rol de atos absurdos, publicados numa revista chamada "Consciência", odes a Lúcifer, e se derretem de adoração explícita ao ídolo bíblico Baal, chamando-o "o Senhor". E ainda dizem que o aborto não é matéria de direito canônico, quando há o cânone 1.398 do Código de Direito Canônico que condena à excomunhão a mulher que faça aborto. Leiam o artigo: Católicas, uma ova! Do grande professor e filósofo Olavo de Carvalho em seu site: http://www.olavodecarvalho.org/semana/050430globo.htm Sou a favor do aborto de quem defende o aborto, assim como sou a favor da Eutanásia de quem defende a Eutanásia!